Está presente e não
é visto, fazendo-se perceber por meio de uivos e assovios, de sopros, ora
suaves, ora tremendos! Quando calmo é brisa, quando agitado faz-se
incontrolável a errar a esmo ou a girar em torno de um eixo, a traçar rotas
imprecisas...; entregue à própria sorte, chora, esvoaça e grita, para a
desventura das árvores frágeis, ressequidas, de galhos envergáveis,
quebradiças!
Ao passar pelos
prados e campos, como em ritual reverência, deitam do capim ao arbusto – “que
susto!”; pelos centros urbanos, visão de assombro: vidraças, vitrines,
para-brisas, espelhos viram açúcar de confeiteiro, cobertura de coco no asfalto
brigadeiro.
O Vento, ainda
assim, aparentemente, acode ao senso comum que defende o direito de ser como é;
mais que isso, o dever de poder ser assim mesmo do jeito natural a que veio ao
mundo sensível: aparência que não se molda, “um modelo diferentemente igual”,
sem forma, a transportar partículas cinza a que se reputa por poeira!
De poeira em
poeira, a empurrar a areia, separa os terrenos das águas, ergue morros e os
rodeia... Toda a terra é o itinerário deste elemento... Vive de rodeá-la... Sua
existência é o seu movimento, indo e vindo, sempre assim, a sorrir ou a “sufrir”:
a buscar aonde ir!
O VENTO ☊ ♫ ♫ 🎝 🎜 💨
👏
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